Luís Roberto Barroso assume cargo com promessa de diálogo e busca da consolidação da democracia brasileira

O ministro Luís Roberto Barroso é o novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele assume a cadeira depois de dez anos de Corte, quando assumiu a vaga do ministro Ayres Brito, que se aposentou na ocasião. A vice-presidência fica a cargo do ministro Edson Fachin.

“A democracia venceu e precisamos trabalhar pela pacificação do país. Acabar com os antagonismos artificialmente criados para nos dividir”, afirmou o novo presidente, que pretende desenvolver e consolidar a democracia brasileira, principalmente, em relação ao combate à pobreza, ao desenvolvimento econômico e social sustentável, prioridade para a educação básica, valorização da livre-iniciativa e do trabalho formal e liderança global em matéria ambiental.

Em sua jornada no Supremo, o ministro participou de pautas importante como o piso nacional da enfermagem (ADI 7222), Fundo do Clima (ADPF 708), candidaturas avulsas, sem filiação partidária (RE 1238853), proteção aos povos indígenas contra a invasão de suas terras (ADPF 709) e contra despejos e desocupações de pessoas durante a pandemia de Covid-19, além das execuções penais dos condenados na AP 470 (mensalão).

Agora, na presidência da Casa, sua gestão deve ter como eixos o conteúdo, a comunicação e o relacionamento, além da segurança jurídica, democrática e humana. Com isso, pretende aumentar a eficiência da justiça, melhorar a interlocução com a sociedade, sem deixar de lado a parte técnica e a imparcialidade.

“A gente na vida deve ser janela e não espelho, ter a capacidade de olhar para o outro, e não apenas para si mesmo”, disse. Nessa prerrogativa, afirmou que pretende ouvir a todos, sejam trabalhadores e empresários, comunidades indígenas e agricultores, produtores rurais e ambientalistas, cidadãos da cidade e do interior, conservadores, liberais ou progressistas. Segundo Barroso, “a vida na democracia é a convivência civilizada dos que pensam diferente”.

A posse ocorreu na última semana. Antes de Luís Barroso, o STF era comandado pela ministra Rosa Weber, que se aposentou após quase 12 anos no cargo.

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