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Setor Oeste

Eleições 2020 não terão coligações em chapas proporcionais

Eleições 2020 não terão coligações em chapas proporcionais

12 nov 2018

Em entrevista ao Jornal Opção, Dyogo Crosara fala da medida que deve fortalecer partidos, mas não acabar com puxadores de votos

Presentes desde os anos 1950 — mas proibidas durante o período da ditadura militar, sendo retomadas com a redemocratização — as coligações partidárias, pelo menos para chapas proporcionais, estão novamente vetadas a partir de 2020. O objetivo, de acordo com o advogado eleitoral Dyogo Crosara, acaba sendo o de fortalecer os partidos já fortes. “Só partidos fortes é que vão conseguir atingir suas metas, como no caso das cláusulas de barreiras. Vale lembrar que apenas acabou com coligação, mas o sistema proporcional continua”, explica.

Para o advogado, a cláusula de barreira existe para que partidos pequenos “desapareçam”, impedindo, segundo ele, a proliferação de mais legendas. “Mas os puxadores de votos vão continuar elegendo candidatos pouco conhecidos”, afirmou.

A medida, aprovada em definitivo no Senado em outubro de 2017, faz parte do pacote da reforma política em discussão no Congresso. Entre as mudanças que já foram aprovadas e postas em prática, estão, por exemplo, a redução do período das campanhas eleitorais, de 90 para 45 dias, e a instituição da cláusula de barreira, que dá direito ao fundo partidário e ao tempo de propaganda a partir de 2019 apenas o partido que tiver recebido ao menos 1,5% dos votos válidos nas eleições para deputado federal em 2018.

No entanto, Dyogo Crosara reforça a questão das mudanças daqui até 2020, quando a população votará para escolher prefeitos e vereadores. Segundo ele, a eleição deste ano “deu muito errada” e isso deve fazer com que os eleitores e a sociedade organizada promovam novas transformações políticas.

“Estamos passando por um momento de transição eleitoral, saindo de um sistema proporcional para outro momento. Vamos sair disso e é muito possível que o Brasil, em breve, tenha um sistema distrital misto [que elege vereadores e deputados por regiões geográficas e zonas eleitorais]. Neste sentido, sou particularmente a favor de eliminar o sistema proporcional, já que o distrital funciona muito bem em países como França, Itália, Alemanha e outros”, finaliza o advogado, concordando que, de toda forma, as mudanças têm caminhado para melhor.

Leia matéria na íntegra em Jornal Opção.